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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

[Review] Braid


Controles nas mãos?

Preparem-se que dessa vez, vamos parar o tempo! Às vezes voltar nele, porque não? E vamos falar do já muito comentado no cast: Braid !

É complicado falar de Braid sem falar antes de Jonathan Blow, então permita-me fazer um breve resumo sobre esse Gamer Designer controverso.


Blow ficou famoso por suas duras críticas aos jogos da geração atual. Em uma visão um pouco singular, ele defende que jogos devem ser tratados como arte, assim como livros e filmes. E tratando dessa forma sua crítica fica em como essa arte impacta o jogador, apontando assim uma responsabilidade do desenvolvedor em trabalhar em criar o ambiente responsável por isso. Segundo o próprio, muitas vezes o entretenimento sem um objetivo maior, de aprender algo para sua vida durante a jornada daquele jogo, faz com que muito do que está sendo produzido seja sempre a mesma coisa, e não valham o seu tempo. E é com essa visão artística com um aprendizado que Braid foi criado.

Tim é um herói atrás de sua princesa (lembrou de Mario aqui?). mas a forma em que ele chegará até ela será recuperando peças de quebra cabeça espalhadas no mapa. Mas se o jogo fosse só isso, seria apenas uma cópia de Mario sem identidade. A solução encontrada foi usar o fato tempo como premissa do jogo. Então para obter essas peças, você voltará no tempo, criará realidades paralelas, avançará no tempo e muito mais. Com isso você quebrará a cabeça várias vezes para resolver as situações mais adversas e recuperar as peças. E já te aviso, o jogo em certos momentos é difícil mesmo. Terão dias que você pode entrar no jogo e sair sem recuperar nada novo, mas não desanime.

Um ponto interessante é a historia. Apesar de ser um apenas salve a princesa, ao longo dos mundos vários livros são disponibilizados para te explicar, por qual motivo você está atrás dela. E outras vezes até te questionando se ela realmente existe ou não. Ao longo do game várias perguntas vão surgindo para culminar no seu espetacular final. E é nesse ponto que o jogo se diferencia dos outros. Como era o objetivo de Jonathan, ao final temos vários questionamentos sobre como agimos em certas situações. Eu confesso que mudei o meu comportamento sobre um ponto da minha vida, e desde então vivo levemente influenciado por esse jogo. Não quer dizer que volto no tempo ou qualquer coisa relacionada, mas tomei uma lição importante, e acredito que seja por esse motivo que chamo esse jogo de obra de arte mesmo.

Talvez seja a sua jogabilidade que torna esse jogo algo especial. Ou sua linda arte gráfica em conjunto com a música. Ou até sua história e seus desdobramento filosóficos. Mas não importa qual desses fatores irão fazer com que você goste de Braid ou não, importa aqui apenas a sua experiência dentro do jogo. Recomendo essa jornada que poderá influencia-lo positivamente!




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